JN 47 Anos: A História do Jornal Nacional
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O principal telejornal da Globo, o Jornal Nacional, completa hoje 47 anos. E para celebrar esta data histórica, nada melhor do que contar a história do telejornal mais assistido e reconhecido no Brasil e que fez história na emissora:
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O telejornal entrou no ar no dia de 1º de setembro de 1969 com a apresentação de Hilton Gomes e Cid Moreira. O Jornal Nacional foi o primeiro programa gerado no Rio de Janeiro em rede nacional, através da Embratel. Os apresentadores eram Hilton Gomes e Cid Moreira, que abriram a primeira edição do Jornal Nacional anunciando: "O Jornal Nacional, da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o país". Cid Moreira encerrou: "É o Brasil ao vivo aí na sua casa. Boa noite".
Márcia Mendes foi a primeira mulher a apresentar o telejornal, em um 8 de março.
O Jornal Nacional tornou-se, em alguns anos, o mais importante e famoso noticiário brasileiro, alcançando altos índices de audiência. Durante os anos 1970; por interesse próprio, o telejornal deu ênfase à cobertura internacional e aos esportes.
Em 1977, Glória Maria torna-se a primeira repórter do Brasil a entrar no ar ao vivo; na ocasião, foram inaugurados equipamentos portáteis para geração de imagens.
Em 1978, o filme 16 mm começa a ser substituído com a instalação da ENG (Eletronic News Gathering), que permite a edição eletrônica de videoteipe, e a edição em VT aumentou a velocidade do telejornalismo.
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Em 1983, houve novas mudanças: o Jornal Nacional ganhou a sua primeira vinheta eletrônica. A dupla de apresentadores também mudou: no lugar de Sérgio Chapelin, que apresentava o JN com Cid Moreira, entrou Celso Freitas, que já apresentava eventualmente o telejornal. Moreira e Freitas ficaram juntos no JN até 1989.
Em 1989, o telejornal estreia abertura e cenário novos, onde os logotipos do mesmo deixam de ser molduras num fundo branco e passam a tomar todo o fundo do cenário, que passara a ser em tons de azul. Também em 1989, o JN completa vinte anos.
Nos anos 1990, a qualidade do telejornalismo praticado pela emissora apresentou grande melhora. O Jornal Nacional passou a apresentar grandes furos de reportagem, como a violência policial na Favela Naval em Diadema; a entrevista com PC Farias; no período em que se encontrava foragido, a apuração de casos de fraudes na previdência social com a prisão de Jorgina de Freitas; o escândalo dos precatórios entre outros; consolidando a audiência e a confiança do público do telejornal.
Em 1991, pela primeira vez uma guerra foi transmitida ao vivo, a Guerra do Golfo.
Em 1994, pela primeira vez, uma cobertura de Copa do Mundo é ancorada ao vivo do país-sede, os Estados Unidos. Também em 1994, o Jornal Nacional completa vinte e cinco anos.
No dia 15 de março de 1994, por determinação da justiça, a Rede Globo foi obrigada através do Jornal Nacional, a ler um direito de resposta ao então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, a acusações feitas pelo próprio telejornal da emissora.
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Em 1996, Cid Moreira (que apresentava o telejornal desde sua estreia) e Sérgio Chapelin passam a bancada para William Bonner e Lilian Witte Fibe, e, em 1998, Fátima Bernardes substitui Lilian Witte Fibe e forma a dupla que esteve no ar até 2011, com William Bonner.
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Em 26 de abril de 2000, no aniversário de 35 anos da Rede Globo, o Jornal Nacional muda o cenário de estúdio e começa a ser apresentado de dentro da própria redação, o que dá a sensação de interação.
Em 2001, o Jornal Nacional foi indicado ao Emmy devido a cobertura dos ataques de 11 de setembro de 2001; o programa conquista o Prêmio Esso de Jornalismo, na estreia da categoria telejornalismo, com o trabalho "Feira de Drogas"; e neste ano também estreou o site do JN.
Nas eleições de 2002, o Jornal Nacional inovou realizando entrevistas ao vivo no próprio cenário, com quatro candidatos à Presidência.
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Em 2006, num link direto com a Estação Espacial Internacional, William Bonner entrevistou o astronauta Marcos Pontes, primeiro brasileiro a viajar no espaço. No mesmo ano, Pedro Bial apresentou a Caravana JN, que, durante dois meses fez reportagens sobre as eleições por todo o Brasil. A cada duas semanas, o Jornal Nacional foi apresentado, ao vivo, por William Bonner e Fátima Bernardes, de uma cidade representativa de sua região.
Em 2007, o Jornal Nacional fez reportagens especiais sobre a vinda do Papa ao Brasil, sobre o trágico Voo TAM 3054, e sobre o Pan do Rio de Janeiro.
Em 2008, a cobertura do sequestro de Eloá Pimentel pelo ex-namorado fez o Jornal Nacional ser indicado pela quinta vez em sete anos ao Emmy, "o Oscar da televisão mundial". Neste ano o JN cobriu também a eleição de Barack Obama, as enchentes em Santa Catarina ao vivo e a crise econômica mundial.
Em 2009 o Jornal Nacional completou quarenta anos e entre as principais coberturas, estão a recuperação econômica mundial pós-crise; a queda do voo Air France 447; a gripe H1N1 e a morte de Michael Jackson.
Em agosto de 2010, o Jornal Nacional inicia seu projeto em relação às eleições, com o JN no Ar, que através de um avião visitou cidades dos vinte e seis Estadose do Distrito Federal. O projeto foi lançado na cidade de Macapá. No ano seguinte, o projeto tornou-se fixo.
Em 3 de junho de 2011, o Jornal Nacional entrevistou com exclusividade o então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, dezoito dias depois do político ser acusado de que teria ampliado seu patrimônio em vinte vezes entre 2006 e 2010, prestando serviços de consultoria. Sob forte pressão política e da população brasileira, o ministro aceitou falar somente com o JN, concedendo a entrevista em seu gabinete, no Palácio do Planalto, ao repórter Júlio Mosquéra. A entrevista foi exibida com vários minutos de duração, o que fez o editor-chefe e apresentador do jornal, William Bonner, encurtar vários blocos grandes do JN daquele dia, para que, no mínimo, a metade da entrevista fosse levada ao ar, pois a entrevista na íntegra durou horas. A entrevista foi divida em duas partes, ocupando dois blocos do telejornal daquela sexta-feira. Sendo a primeira manifestação pública de Palocci desde que uma reportagem do jornal impresso Folha de S.Paulo informou que o político teve o patrimônio pessoal aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010. No período, o atual ministro exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
Em 6 de agosto de 2011, William Bonner e a então titular Fátima Bernardes leram, no último bloco do Jornal Nacional deste dia, um resumo de um documento com princípios editoriais da então "Organizações Globo" (desde 2014, Grupo Globo). O texto descreve as normas e condutas que os veículos do grupo devem seguir para que seja cumprido o compromisso de oferecer jornalismo de qualidade. Uma carta do presidente do hoje Grupo Globo, Roberto Irineu Marinho, e dos vices João Roberto Marinho e José Roberto Marinho apresenta o documento. A íntegra do texto "Princípios editoriais do Grupo Globo" pode ser acessada a partir dos menus de todos os sites jornalísticos do grupo.
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Em 1º de dezembro de 2011, a Rede Globo anunciou em uma coletiva de imprensa mudanças importantes na apresentação do Jornal Nacional. Após quase quatorze anos (1998–2011), Fátima Bernardes deixou a bancada do telejornal para apresentar o programa de variedades Encontro com Fátima Bernardes, que entrou na grade da Rede Globo em 2012 ocupando o lugar o extinto infantil TV Globinho. Quem a substituiu no JN para dividir a apresentação com William Bonner foi Patrícia Poeta que estava há cinco anos no Fantástico. No dia 5 de dezembro de 2011, houve uma edição especial do Jornal Nacional quando Fátima passou a ancoragem à Patrícia. A mesma assumiu todas as funções da antecessora no JN: além de apresentadora, virou editora-executiva do telejornal.
No dia 18 de março de 2013, um problema técnico fez o Jornal Nacional não apresentar ao público as manchetes do dia, exibido na abertura do jornal. Durante o erro, além da tela ter ficado escura, foi feito o efeito "fast forward" (que acelera a imagem), distorcendo a voz da apresentadora. Sem a apresentação do que seria noticiado naquela edição, entraram William Bonner e Patrícia Poeta, ao vivo. O apresentador disse em improviso: "A abertura do Jornal Nacional foi totalmente prejudicada por um problema técnico, mas vamos começar assim mesmo o Jornal Nacional sem as manchetes do dia".
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No encerramento da edição do dia 15 de setembro de 2014, a então âncora do noticiário Patrícia Poeta anunciou que no início do penúltimo mês do mesmo ano deixaria o jornal em favor de Renata Vasconcellos, que vinha do Fantástico especialmente para sucedê-la. Então, a partir do dia 31 de outubro de 2014, Patrícia Poeta deixou a bancada do JN após três anos e foi substituída por Renata Vasconcellos.
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No dia 27 de abril de 2015, o telejornal ganhou um novo cenário, mais informal, podendo os apresentadores andar pelo cenário e interagir com os repórteres através de um telão. Desde aquele dia, a apresentação da previsão do tempo passou a ser ao vivo direto de São Paulo com a jornalista Maria Júlia Coutinho.
Atualmente o programa tem dez apresentadores eventuais, que apresentam o jornal aos sábados ou nas folgas do âncoras, são eles os jornalistas:
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William Waack (Jornal da Globo) e Ana Paula Araújo (Bom Dia Brasil)
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Alexandre Garcia (Bom Dia Brasil) e Sandra Annemberg (Jornal Hoje)
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Heraldo Pereira e Carla Vilhena
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Chico Pinheiro e Giuliana Morrone (Bom Dia Brasil)
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Evaristo Costa (Jornal Hoje) e Monalisa Perrone (Hora Um)
Parabéns ao William Bonner, à Renata Vasconcellos e à todos que trabalham nesse jornal de grande audiência.
Fonte: Wikipédia
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